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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Curiosidades:  PlayStation um dia quase foi da Nintendo


     Na década de 80, a Nintendo firmou uma parceria com a Sony, então uma poderosa fabricante de aparelhos eletrônicos e tecnologia. A ideia era que a Sony ajudasse a Nintendo a criar o novo projeto chamado SNES-CD, que seria um acessório com a capacidade de ler discos ópticos. Mas paralelamente a Sony também tinha a intenção de produzir sua própria máquina de jogos, o “Play Station”, que além dos discos, também rodaria cartuchos de SNES. Veja o protótipo abaixo:
 Um dos primeiros protótipos do PlayStation ainda tinha entrada para cartuchos de SNES

  • Um dos primeiros protótipos do PlayStation com entrada para cartuchos de SNES
     Mediante ao projeto, as empresas nunca se entenderam bem em relação ao lado financeiro do negócio em relação aos lucros uma vez que o contrato entre ambas não era claro e continha várias problemas. Após muito idas e vindas e com o anuncio em 1991 da criação do Play Station , a Nintendo cancelou sua parte do acordo e foi fazer parceria com a Phillips, então concorrente Japonesa. Em um pais onde a honra e o respeito são culturais, pegou mal para Nintendo que trocou a compatriota por uma estrangeira.
     O começo: A Sony  mesmo contrariando as vontades de parte dos executivos mais antigos da empresa, resolveu apostar na indústria dos videogames. Pegou o projeto do Play Station e investiu pesado no projeto. E em 3 de dezembro de 1994, o Sony PlayStation foi lançado no Japão, com sucesso instantâneo. Foram mais de 300 mil unidades vendidas, apenas no primeiro mês de vendas e antes de chegar às lojas norte-americanas, o console foi apresentado na E3 de 1995, em Los Angeles e a Sony foi o destaque da E3 naquele ano. Mais de US$ 4 milhões de dólares foram gastos no stand da companhia, que apresentou ao público jogos como "Ridge Racer", “WipeOut" e "Tekken". Para finalizar, ao melhor estilo “fabricante ostentação”, a Sony levou o Rei do Pop, Michael Jackson, para uma apresentação na feira. 
     A Sony se tornou sinônimo de videogames para uma enorme parcela do novo público e jamais abandonou o papel de protagonista da indústria, mesmo com dificuldades financeiras causadas pelo alto custo de desenvolvimento dos console futuros. A Nintendo, por sua vez, amargou um baque do qual demorou a se recuperar e só voltou a ter grande sucesso com consoles quando se afastou completamente da briga, que agora além da Sony, contava também com a presença da Microsoft.
     O Wii lançado em 2006, foi uma volta às origens, e só recolocou a Nintendo novamente no topo das vendas porque ela já não competia mais de igual para igual com as rivais e a empresa do mascote Super Mario voltou a vencer pelas boas ideias e pelos personagens, e não pelo avanço tecnológico e os gráficos proporcionados por seu console.
     Se tivesse acontecido a parceria entre Nintendo e Sony talvez teríamos um novo rumo à indústria dos games como hoje a conhecemos.
     Em setembro de 1995, pelo preço de US$ 300, o PlayStation foi lançado nos EUA, já com mais de 100 mil unidades vendidas em pré-venda. Até o final de 1996, os números saltam para impressionantes 2 milhões de consoles vendidos nos EUA, e 7 milhões somando todo o resto do mundo. Quando foi descontinuado, em 2006, o PlayStation tinha números quase surreais de vendas: 103 milhões de consoles vendidos.
     Com o sucesso do console, a carreira de Ken Kutaragi, o Pai do Play, decolou de vez. O engenheiro também assinou o desenvolvimento dos sucessos seguintes da Sony: PS2, PSP e PS3. Kutaragi,  de simples funcionário do departamento de pesquisa e desenvolvimento, acumulou diversos cargos de prestígio na empresa ao longo dos anos, chegando à cadeira de presidente, CEO e presidente honorário da Sony.

Abraços
Dr. Mattos

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